sexta-feira, 18 de junho de 2010

Sangrenta solidão

São seis e trinta, o sol já foi embora, na minha cama rastros de aromas de uma noite que não acabou, não em mim.
Eu me despi de qualquer sonho, eu me joguei contra os venenos que as pessoas poderiam me lançar, eu me expulsei do meu próprio eu , me personalizando em alguém que eu nunca desejei ser; A culpa é sua.
Meus dias são os mesmos, a monotonia me persegue em cada cômodo do meu vasto pensamento, da minha vasta opinião.
Você deixou mágoas em uma vida sem traumas, e agora eu vivo a lamentar o dia em que por ventura resolvi te amar, e saber que um dia você iria partir, sem me dar explicação, eu olho na janela, e vejo as ondas se moverem, engraçado como elas fazem um perfeito movimento ao som melancólico do vento, eu adoraria ser como elas, nascem, bailam e morrem.
Realmente nasci, e em todos os pequenos períodos que estive em sua presença, desfrutando da mesma, consegui bailar, mas agora que você foi embora e me deixou a ver navios atracados nesse longo mar,nesse perigoso mar, morro, morro de amor, morro de dor, enquanto você faz outra bailar.

                                                                                              x Vih Sangez

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