Eu vejo o tempo passar nas linhas escuras de meus olhos.
Eu procuro escapatória pra minha solidão,mais minha carência me deixa sega á qualquer tipo de saída.
E aqui dentro memórias me consomem mais que meu sangue alimenta partícula por partícula de cada mínimo reservatório de minhas células;
Não me perco apenas me acho,dentro de sua mente e de lá tiro combustível para minhas próximas dúvidas,algumas respondidas,outra apenas indagadas e ecoadas dentro deste peito que suporta tanta dor,dentro desta mente que absorve tantos conselhos mas se olha no espelho e se ponha a chorar,com todo o desespero que tem para embrulhar,pedrinha por pedrinha desse extenso sentimento,que mata aos poucos como faca e veneno.
E te perco no meu mundo,corro apenas atrás de vc na ingenuidade e em um desejo profundo de te alcançar e beijar você.
Mas és muito fechado,acho que é tímido,detesta aparições, senta no banco cinza daquela praça,pega uma revista esfolia página por página,conversa com flores e com fadas só não observa meu caminhar,passo na tua frente e sinto-me em casa,com minha molecagem no jeito de andar,abuso de cores na minha maquiagem,mas tua atenção roubada já está.
De que adianta viver em meio a flores,poesias,encantos sabores,se sua atenção não posso ter e teu carinho está ao vento que sopra pro leste?
E me encontro neste norte deserto,escasso do continente,apenas em uma mente em que tudo crê mais nada vê,em que tudo sente mais nada completa,em que há amor,vontades,prazeres e alguém,que eu não sei quem é.
Disfarça-se em nuvens,mostra-me teu lado sujeito de menino indefeso,eu vou te agarrar,com a sede de um soldado vencido pela guerra,como a necessidade desse sol nesta terra,essa é minha necessidade de vc,que sobrevive das cinzas pela sede de te querer.
Por Vick Sangez
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